sábado, dezembro 10, 2005

Peniche na História e na Lenda (páginas inéditas)

«É pena cá em Peniche não se passarem história interessantes»
posted by Al Zheimer 7/12/2005

Não é possível que tenhas dito uma coisa destas.
Uma cidade como Peniche, que mais parece o Entroncamento da Região Oeste e tu dizes que nunca acontece nada de interessante? Mas que má publicidade é essa à nossa terrinha?
Eu digo que Peniche tem histórias pra dar e vender.

Nunca ouviste falar do furacão que parou no adro da Igreja de S. Pedro?

Ou da tartaruga gigante que apareceu em Peniche de Cima?

E quem era o gajo que escreveu o famoso “Barbie, tás boa prá matança”?

Ou aquele que, deitado numa cama, conseguiu vomitar até ao tecto?

Peniche está cheia de fenómenos e lendas (e nem sequer abri a gaveta das aventuras na Secundária...). Para não deixar que esses mitos da nossa história citadina desapareçam connosco é importante começar a assentar nalgum lado estes episódios antes que o alzheimer nos traia (a doença: não tu...) e nos esqueçamos de tudo. E porque não fazê-lo neste maravilhoso blog que certamente viverá muito mais que todos nós?

Hoje apresento-vos a história do “Olhem este, olhem este...”

(Eu conto como me contaram. E como me lembro. Se alguém tiver outra versão, ou melhor ainda, se alguém testemunhou este episódio, não se faça rogado e partilhe esta bela memória. Ou outras.)

Deveria de ser mais uma aula como tantas outras aulas na Escola Secundária, mas naquela manhã a turma estava pior do que o costume. Riam, falavam, gritavam e a professora inutilmente tentava repor a ordem. Até que no meio de tanta risada alguém se descuidou e deu o primeiro:

TRAAA...!

Risada geral: «Ia pá! Peidou-se!». E por aí fora. A situação a descambar cada vez mais.
As gargalhadas continuam e a flatulência também. E eis que um certo menino (que fica anónimo) ávido de atenção e aspirando a ser o mais engraçado da turma, levanta-se e fica de pé. Está confiante de poder aumentar os decibéis intestinais produzidos até àquele momento pois sente que dentro de si uma enorme bolha de gaz metano preme para sair. Alça uma das pernas para que o som não encontre demasiadas barreira arquitectónica e, antes de se deixar andar, berra aos colegas o famoso grito destemido e imortal:
«Olhem este! Olhem este!»

TTTRRRRRRRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA....!

A expressão facial muda. A cor da pele empalidece. E com um fio de voz o arrojado peidador pergunta: «Professora? Posso ir à casa de banho?»
Gargalhadas histéricas; espasmos e convulsões; pessoas que riem até às lágrimas!
Afinal não era só gaz metano que premia para sair.
Escusado será dizer que quando o nosso herói saiu da sala de aula, a merda já lhe estava a aparecer junto às meias!

3 Comments:

At 12:08 da tarde, Blogger Unknown said...

Já agora ... volvidos alguns anos alguém dá com esse mesmo jovem na Voilá caminhando de forma muito peculiar, ou seja, esse jovem andava lateralmente com as costas viradas para a parede. Tirando esse andar estranho o jovem até esboçava uns sorrisos amarelos, acenava aos que lhe acenavam "OI... atão... tá-se"
até que outro jovem não resiste à curiosidade e o aborda.
-Então tá-se o que é que se passa, tás aí encostado?
- É pá fui à casa de banho ...
As gargalhadas do outro já tinham começado e dos demais que se foram juntando também!
... - Fui cagar mas sujei as calças. (podia não ser relevante, mas as calças eram brancas e novas)
É assim há pessoas que ficam sempre na merda!

 
At 5:32 da tarde, Blogger Carca said...

Até podia ser eu essa pessoa, mas infelizmente não sou. Também tenho muitas histórias de merda... Aliás, lembro-me que publiquei uma algures nos primórdios disto...

 
At 1:34 da manhã, Blogger Cabacinhas said...

Para cúmulo dos cúmulos, passados uns tempos, na sequência dos famosos episódios aqui relatados, um familiar próximo do indivíduo abriu uma loja que se chamava "O Cheirinho". A condizer perfeitamente com a simpática alcunha que lhe foi colocada - "cherinho" ou "chere" -,depois dos fatídicos episódios...

 

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