segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Urgências

Urgência
substantivo feminino
1.
qualidade do que é urgente; carácter do que não admite demoras;
2.
necessidade imediata;
3.
pressa;
4.
aperto;
5.
situação que exige atenção imediata;
6.
serviço de um hospital onde se prestam cuidados médicos e cirúrgicos com carácter de emergência;
(Do lat. urgentìa-, «id.»)


Comparem item a item com a:
Interpretação de Correia de Campos

Urgência
1.
Qualidade do que é urgente, carácter do patrão

2.
capricho imediato

3.
Estás com pressa vai andando (para Lisboa)

4.
Em Peniche com as fábricas a fechar, já nem as sardinhas andam em aperto

5.
Situação que se pode ver amanhã por que hoje sóp temos tempo para cobrar mais umas coroas ao Zé Povinho

6.
Serviço de um hospital onde não prestam cuidados de médicos e cirúrgicos com carácter de emergência, salvo se o hospital se situar no minimo a 50 km

50 dias e 50 noites

Hoje são 50 dias que estou a viver na Colômbia, mais precisamente em Bogotá no bairro “Lisboa”, na periferia noroeste da capital.
Nos primeiros dias o peso do fuso horário fez-se sentir e a altitude também não ajudou. Bogotá fica a 2600 metros de altura em relação ao nível do mar e quem não nasceu aqui (principalmente se vem de uma cidade que está a zero metros) vai sentir-se de vez em quando cansado e sem fôlego porque o ar é muito mais rarefeito. Depois passa e (provavelmente) se começasse a fazer uns treinos, até dava para ganhar a corrida das fogueiras este ano (a não ser que os quenianos também andem a treinar nestas altitudes).
O centro da cidade oferece quase tudo aquilo que se encontra em qualquer cidade europeia (excepto, por incrível que pareça, um bom café. O “bom” café colombiano é todo exportado e nunca chega ao mercado nacional), mas onde eu moro ainda há espaço para umas obras valentes. A coisa que mais me incomodou nos primeiros dias foi o pó, porque aqui as estradas não são asfaltadas. Uma pessoa vai-se habituando e agora quase já nem ligo, mas quando chegar a estação das chuvas isto deve ficar lindo... Já tivemos um ou outro “ensaio” e realmente a lama não perdoa.
Com o castelhano já me vou desenrascando. Perceber é fácil, mas quando quero falar ainda me saem várias palavras portuguesas ou italianas. Felizmente até agora ainda nunca tive de ouvir o famoso “no-comprendo” dos nossos vizinhos espanhóis. Todos se esforçam por me perceber e todos me ajudam a falar melhor. Aliás, o melhor desta experiência são mesmo as pessoas que tenho conhecido.
Acolhedores e simpáticos, os colombianos são a coisa melhor que este país tem para oferecer. Apesar de tudo (da guerra civil, do narcotráfico, da corrupção, dos sequestros, das dificuldades em que vive a maioria da população) tenho visto mais sorrisos por aqui do que pela Europa. E acreditem: nós temos muitos mais motivos para sorrir. A vida em Portugal pode não estar fácil (será que está em algum lado?), mas não há comparação com os problemas que aqui se vivem. No bairro já quase todos me conhecem (a minha cara de europeu também não passa despercebida) e tenho visitado várias casas aqui da vizinhança. A maioria não tem estuque ou tinta nas paredes e o chão é de cimento. Nalgumas as divisões são feitas com cortinados e cobertores pendurados no tecto e outras parecem “mantas de retalhos” porque são construídas aos poucos com materiais, gostos e cores muitos diferentes, à medida que as possibilidades se vão apresentando. Mas é tudo gente muito asseada e super trabalhadora. Levanto-me todos os dias às 6 e a essa hora já há uma azáfama de gente na rua a trabalhar para ganhar a vida. Todos os dias parecem dias de feira. Há sempre gente a comprar, vender, trocar, regatear... E há música. Há sempre música. As pessoas colocam os rádios nas janelas e por todo o lado se houve sempre o ritmo da salsa, da cumbia e do vallenato.

Por hoje é tudo mas entretanto vou tentar colocar aqui algumas fotos. Para isso tenho de ir à biblioteca porque a Internet na minha casa é super, super lenta e mesmo as fotos mais “levezinhas” pedem uns 15 minutos de conexão.

O Regresso

Oi pessoal após um grande ermo espacial estou de volta para a polémica.
Um abraço a todos os omnivores!

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Concerto de Nine Inch Nails no Coliseu dos Recreios, 10/02/07







Ora cá está mais um grande concerto de uma grande banda. Ultimamente os meus posts resumem-se a críticas a concertos: tenham lá paciência e se não quiserem não leiam.
Os Nine Inch Nails, ou melhor, a banda de músicos que vai tocando com Trent Reznor, alma mater do projecto, deu um concerto arrasador no Coliseu de Lisboa no passado sábado. Foi bom voltar a ver Jeordie White, aka Twiggy Ramirez, mas desta vez nem com Marilyn Manson, nem com A Perfect Circle (o homem roda pelas grandes bandas todas!) a tocar.
Dezanove músicas, com um início bem potente, ao som de "Mr. Self Destruct". E foi mesmo isso que Mr. Reznor fez logo na primeira música: destruiu (ainda que involuntariamente) o vidro do foco de luz que tinha por cima dele. Mas, como ele bem disse a seguir, «fuck it»! O espectáculo lá continuou. Antes da quarta música, "March of the Pigs", o sistema de luzes fez disparar o alarme de incêndio, mas Trent Reznor continuou a tocar, explicou o sucedido, disse que era normal aquilo acontecer (afinal era o primeiro concerto da digressão!) e atacou em força a canção, que teve de ser tocada às escuras, com a zona do público a ser iluminada por ordem do vocalista. A partir daí, nada de incidentes com luzes, só mesmo grandes músicas e um ambiente único.
Foi uma estreia em palcos nacionais que já era há muito aguardada e a espera valeu bem a pena! Os Nine Inch Nails já andam nestas lides desde o final dos anos 80, mas foi com as bandas-sonoras de "Natural Born Killers", "O Corvo", "Seven" e, já mais tarde, "Lost Highway" que, explodiram definitivamente. Lembro-me perfeitamente de estar a ver o "Seven" e de ficar siderada a ouvir a música do genérico vezes sem conta, o tema "Closer", que, claro está, não faltou no concerto e foi, inevitavelmente um dos momentos mais altos da noite. Para quem conhece a letra não é difícil adivinhar porquê!
A meio do concerto, Trent Reznor saltou para o meio do público e ali esteve a cantar "Help me I am in Hell": que pena não termos ficado um pouco mais à esquerda na plateia!
Outro superlativo momento da noite (para mim, pelo menos): quando Reznor, ao piano, tocou "La Mer" (de "The Fragile") e, em seguida, "Into the Void", em sequência contínua. Nem poderia ser de outra forma!
Para voltar à carga mais pesada, ouviu-se o ritmadíssimo "Only" do (ainda) último álbum "With Teeth" e o zangado "You know what you are?". Em seguida, regresso ao passado para o belíssimo "Hurt", com um salto para o presente e o primeiro single de "With Teeth", "The hand that feeds" e, a terminar, um regresso às origens, a "Pretty Hate Machine", com "Head like a Hole". Como diz a letra, "Bow down before the one you serve/ You're going to get what you deserve". E tivemos mesmo! Obrigada por isso, Mr. Reznor. Foi uma noite inesquecível. Venham de lá mais noites destas. E é favor não nos esquecerem na próxima digressão a "Year Zero", que sai já no próximo dia 17 de Abril. Foi pena não terem tocado nenhuma música nova, como forma de avanço ao novo álbum. Mas tudo bem. O pessoal agradece a pen «esquecida» na casa de banho do Coliseu com uma das músicas do próximo álbum. Bela estratégia de marketing! Quem a encontrou ganhou, sem dúvida, a noite! Pode ser que isso signifique uma nova vinda a Portugal. Assim o espero.
Agora é esperar por dia 27/02 para compar o DVD oficial da digressão, "Beside you in time". Está quase!

Tuga vence concurso mundial

Antes de mais, bom Carnaval para todos!!!
Não com o epíteto de grande português - deixo isso para os pseudo apresentadores da RTP -, mas certamente com grande mérito, Carlos Oliveira, residente na zona norte do país (não se pode ser perfeito!), ligado ao ramo profissional de multimédia e conteúdos interactivos, venceu o concurso mundial lançado pela banda Incubus para a elaboração do novo videoclip - Dig. Aqui fica o excelente trabalho desenvolvido por Carlos Oliveira:



A entrega do prémio está disponível em: http://www.idigincubus.com/ .

Mais pormenores em:

http://jn.sapo.pt/2007/02/15/ultimas/Portugu_s_vence_concurso_mundia.html

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Eladio Climaco

Boas.
Andava eu a bezourar pela net quando tive uma revelação do lado negro da força...
O Eladio Climaco tem um filho. E por sinal tão bom "actor" como o pai.















Mais uma coisa têm em comum.
Ambos sucumbiram ao lado negro da força.
Hasta.